quinta-feira, 14 de maio de 2009

Inclusão de Portadores de Múltiplas Deficiências

Inclusão de Portadores de Múltiplas Deficiências

Se alguém conhece inclusão de portadores de múltiplas deficiências em escolas regulares de ensino fundamental deve por uma das metas sociais, publicar como e quando isto se deu e quais são as múltiplas deficiências envolvidas no mesmo candidato.
Iniciando por “inclusão”, devemos pesquisar o que realmente isto significa.
Este processo de colocar crianças portadoras de alguma necessidade especial em escola regular iniciou um movimento chamado de integração que foi substituído, posteriormente, por inclusão.
Em realidade tanto, um como outro, visa possibilitar à criança em questão, uma oportunidade de freqüentar um currículo regular sob a denominação de oportunidade de socialização.
Muitas crianças, especialmente da patologia Sindrome de Down, foram matriculadas em escolas regulares e com o passar do tempo, re enviadas às instituições de origem para reforço escolar. Ficou evidenciado que isto não se chamava inclusão, desta forma, as escolas passaram a oferecer salas de reforço a estes alunos, para fazer jus a denominação.
O que me parece não conscientizado é que a inclusão não se faz de fora para dentro da escola e sim, da escola para o aluno. Incluir é adaptar currículo. Incluir é estudar as possibilidades individuais e adaptar o conteúdo básico a cada necessidade individual.
Isto nada tem haver com negar conhecimento ou educação e sim aumentar as possibilidades de uso funcional das informações contidas em grades curriculares. Pensando mais realisticamente, alguns conteúdos de áreas específicas não são totalmente utilizáveis por nossos alunos com necessidades especiais. A pergunta que me faço é: porque fazer com que eles tenham horas de estudo em assuntos que muitas vezes não conseguem entender a fundo.
Enquanto as aulas forem ministradas da forma tradicional, poucos alunos vão internalizar os conteúdos e possivelmente, terão muitas frustrações no convívio com amigos de classe.
As patologias que hoje são temas de educação inclusiva, apresentam um déficit de funcionamento do sistema nervoso central. Nele, encontramos funções específicas que por causas endógenas ou exógenas, acometem um sincronismo dos impulsos nervosos. Assim, a harmonia de transmissão, comumente, encontra-se alterada e, sem um estudo prévio do sistema funcional cerebral normal, torna-se impossível avaliar as reais dificuldades dos portadores de necessidades especiais.
A dislexia, depois de muito estudada e divulgada, passou a ser entendida pelos profissionais de educação e mesmo assim, por longo período de tempo, o portador de dislexia tem que ter um acompanhamento externo paralelo de profissionais da área de Fonoaudiologia, por exemplo.
O que realmente este profissional faz neste acompanhamento é além de orientar o professor, fazer adaptações aos currículos para facilitar o aprendizado. O mesmo se passa com crianças com Transtornos de atenção e hiperatividade.
O Portador de dificuldades auditivas e ou visuais, igualmente, necessitam ter professores que entendam de suas dificuldades e um profissional que faça as adaptações para Libras ou Braile.
Se as adaptações possibilitam a codificação de todo o conteúdo programático educacional o aluno é bastante favorecido e tem um uso consciente desta bagagem educacional. Hoje, é possível encontrarmos adultos com estas patologias enfrentando um vestibular e uma faculdade.
Quanto a Encefalopatia não Progressiva (paralisia Cerebral), cujo acometimento por definição, é uma dificuldade na motricidade global e específica, é esperado que seu desenvolvimento cognitivo seja normal. A inclusão frente a este perfil de criança, como em qualquer outra necessidades especiais, tem um preparo inicial em sessão de terapias de Fonoaudiologia, fisioterapia, Terapia Ocupacional e muitas vezes ortóptica e psicologia, para diminuir a defasagem que os distúrbios motores proporcionam nas experiências de vida diária, desde o nascimento.
As terapias são planejadas e seguidas passo a passo, afim de que o candidato possa ter base para a inclusão educacional. Mesmo com todo o atendimento precedente, a equipe necessita seguir o processo a ser desenvolvido por longo período de tempo na vida escolar desta criança.
Mediante as Múltiplas incapacidades que envolvem transtornos do sistema nervoso central com comorbidade de função visual, auditiva, epilepsia, comportamental, emocional isto se torna muito pouco possível.
Por esta realidade é que hoje se faz necessário um modelo de atendimento pedagógico transdisciplinar que olhe para estas múltiplas deficiências e trabalhe nas necessidades individuais com a mente mais aberta e com conhecimento amplo de sua disciplina e pontos básicos de áreas a fins.
Sou partidária de um sistema de educação pedagógica em forma de Centro de Convivência –CECON, com temas pedagógicos e utilização imediata na vida de relação, vida diária e prática do participante.
Esta idéia, muito difícil de ser acolhida pelos pais, responsáveis e familiares, vem ganhando terreno e desmistificando a educação pedagógica carteiras e cadernos.
Mesmo com muita luta, acredito que conseguirei transformar pouco a pouco a idéia errônea de que a escola educa. A meu ver, é a convivência que promove experiência e formação de conceito prático. Se esta convivência estiver recheada de conteúdos pedagógicos estaremos educando sem a formatação de escola. Seremos o verdadeiro EDUCADOR.
Donnamaria.R.M

domingo, 5 de abril de 2009

Rea Tech - Abril de 2009

Mais um ano e a Rea Tech nos presenteia com uma enorme variedade de produtos para o atendimento e independência para os portadores de algumas incapacidades.
O espaço previlegiado para o evento pode favorecer um grande número de visitantes e uma acessibilidade crescente.
A organização para a inscrição e finalmente a entrada foi um pouco tumultuada mas, sinto que devemos sugerir algumas mudanças para maior agilidade para este caso.
Como sempre, todas as vezes em que visito a feira vou direto aos locais que pretendo ver e comprar novidades. Neste ano, me senti bastante irritada pois, algumas situações me fizeram pensar em como melhorar a distribuição dos boxes neste espaço tão amplo.
A feira deveria distribuir os boxes de forma a organizar o visitante.
Os produtos âncoras foram, sem dúvida, a Fiat, Ford, Renault entre outros grandes e se posicionaram estrategicamente na região central, outros tantos, foram posicionados ao redor em ruas POUCO sinalizadas.
Na minha concepção, os boxes que contemplavam incapacidades específicas, deveriam estar próximas uma dos outras para que todos pudessem ser visitados. Assim, todos os produtos e trabalhos oferecidos para uma clientela com baixa visão ou com cegueira por exemplo, deveriam esta juntas em um setor e o mesmo para as demais.
Eu e outros, com quem pude trocar informação, não conseguimos visitar todos os boxes que pretendiamos pois, acabamos nos entretendo com outros produtos que se encontravam pelo caminho, de maneira que, ao final de um dia, muitos boxes não foram visitados e os objetivos iniciais não foram alcançados.
Outra constatação foi a presença de cadeirantes pelas ruas e boxes. Quanto a presença deles ou das cadeira, nada tenho contra mas, o que mais me chamou atenção foi a intensidade com que eu tive que recuar rapidamente da mira daquelas rodas. Ou seja, eu me senti uma intrusa.
Vocês já foram ao EUA e aos supermercados de lá e, ao retornarem ao Brasil, se sentiram nervosos com as inumeras trombadas nestes lugares públicos? Pois eu assim me senti. As pessoas cadeirantes atravessavam as ruas do Centro de exposição pouco se importando se você intensionava ir para a direita ou para a esquerda. Você que prestasse atenção e desse prioridade a eles.
Nunca tive esta sensação tão forte como nesta exposição. Será que eles são mesmo assim?
Eu convivo com cadeirantes porém, sem autonomia em suas cadeira e sinceramente não tenho vivencia com os demais.
Pensando neste fato, me ocorreram algumas perguntas sobre os cadeirantes e sobre nós, terapêutas, que ensinamos as pessoas a usá-las.
-Qual o sentimento de um pessoa na cadeira de roda ao se deslocar por caminhos estreitos em um centro de exposição com inúmeros indivíduos com marcha independente?
-Serão eles pessoas desligadas sobre este fato em questão?
-Serão eles possoas sem esta vivencia de disputa espaço ?
- Serão eles pessoas cujo conceito de limite se estende além do habitual?
Sem nenhuma crítica negativa, gostaria de obter informação de quem souber, porque nunca havia me importado com este comportamento. Será que ao longo de nossa experência como profissionais de reabilitação, passamos por cima destas importantes regras de sociabilização para com eles? Será que também os atropelamos?
- PODE SER SIM!!!!!!
RDM / 05/04/2009

quarta-feira, 25 de março de 2009

PRÓXIMO CURSO

A AACD fez uma substituição no local de curso em Maio de 2009.
Como foi anunciado, em Maio aconteceria o Curso Neuro evolutivo Bobath em Nova Iguaçu, RJ. Por razões internas, o curso será na AACD Central, em SP e a semana de fonoaudiologia será de 04 à 09 de Maio.
O curso será notificado neste blog após o seu termino, contendo detalhes e evoluções sobre as melhoras acorridas no tratamento em portadores de encefalopatia não progressiva.
Donnamaria. R.M.


Cursos

segunda-feira, 16 de março de 2009

Agenda de Cursos de 2009

CURSOS DE 2009

Janeiro 2009

1- Curso de especialização em Neonatologia
local: Campinas
carga horária : 8 horas
data: 17/01

2- Curso Bobath Básico
local: POA -
carga horária: 35 horas
data: Semana de fonoaudiologia - 19 à 23

Maio

3- Curso Bobath Básico
Local: AACD - Nova Iguaçú - RJ
Carga horária: 35 horas
Data : 11 à 15 de Maio

Julho

4- Curso Bobath Básico
Local: Terezina

Carga horária: 35 horas
Data : 13 à 17 de Julho


Setembro

5- Curso Bobath Básico
Local: Joinville
Carga horária: 35 horas
Data : 08 à 12 de Setembro

6- Curso Bobath Básico
Local: Mendoça - Ar
Carga horária: 35 horas
Data : 21 à 26 de Setembro


7- Curso Bobath Básico
Local: Santiago- Ch
Carga horária: 35 horas
Data : 28 à 02 de Setembro / Outubro


Outubro

8- Curso Bobath Básico
Local: Campinas - SP
Carga horária: 35 horas
Data : 19 à 24 de Outubro



Estes cursos então agendados e até o presente momento confirmados.
Qualquer curso é passivo de não ser efetivado por motivo de inscrições.

Donnamaria, R.M.

sábado, 14 de março de 2009

Fonoaudilogia Neuroevolutiva

Fonoaudiologia Neuroevolutiva

Depois de muito pensar sobre o título, resolvi que o jogo de duas palavras poderia expressar a grandeza do atendimento fonoaudiológico ao pacientes com sequelas de problemas neurológico, sejam eles presentes em adultos ou em crianças.
  1. Justificativa.

Há muito que venho pensando em mostrar aos interessados, o que tenho de pesquisas e de estudos sobre temas que vão fazendo liks ao longo do tempo, principalmente, quando me deparo com enigmas no planejamento e prognósticos de meus pacientes. Todos estes estudos poderiam qualificar um contúdo suficientepara ministrar aulas sobre o assunto, como de fato ocorre. Porém, nunca sinto que o conteúdo se mostra suficiente para tal. Afinal, qualquer pessoa pode, tranquilamente, com o advento da tecnologia, fazer tais investigações e aumentar seu potencial teórico profissional.

Dispendendo algumas horas em frente ao computador e as oportunidades que ele oferece, julguei que um blog poderia solucionar o conflito, atender as solicitações, além de incentivar as pesquisas.

Outra grande justificativa reside no fato de que poderemos auxiliar algumas pessoas, entre elas, profissionais e pais a endender um pouco mais sobre os problemas fonoaudiológicos e como a experiência pode favorecer na criação de um prognóstico evolutivo.

2. Objetivo.

Colocar a disposição dos interessados vários estudos, relação transdisciplinar, testes, planejamento terapêutico, informação sobre cursos, e resultados de aplicações clínicas.

3. Metodologia.

  • Os estudos serão apresentados dentro de um foco pessoal, sobre temas específicos, por meio de textos ou citações.
  • Divulgação de cursos com endereços de contato e inscrições.
  • Observações sobre cursos ministrados no conceito Neuroevolutivo Bobath com conclusões sobre a evolução de pacientes atendidos durante as 35 horas de prática,
  • Orientações sobre postura de profissionais no âmbito da relação terapêuta paciente, sobre aspectos pedagógicos da terapia fonoaudiológica.

4. Conclusão.

Contribuir para que os interessados façam bom uso destas informações, além que poder utilizá-las em benefício de seus pacientes. E aos pais que procurarem este blog, que saibam como ajudar seus filhos no contato com profissionais especializados ou avaliar o tratamento em andamento.

Donnamaria, R.M.